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Visões externas

                                                                     Visões internas

Anotações a respeito do texto ''Animação cultural''

            O fato de os objetos estarem presentes em todos os momentos da vida humana, ate mesmo nas atividades mais comuns, bem como moldarem todos os espaços a nossa volta os tornam essenciais em nossas vidas sem que sequer percebamos seu valor, ou como afetam o dia a dia. Assim, a ideia da dependência do homem ao objeto é uma realidade amplamente ignorada. Ainda, o fato de cada objeto ter um proposito pelo qual existe, caracterizar uma certa animação a eles, muitas das vezes, passa completamente despercebido a visão humana que rotula os mesmos apenas como seres inanimados.

            Dessa situação advém pensar em duas possibilidades. A primeira é a inversão da hierarquia imposta a relação homem/objeto, sendo, neste caso, adequado o questionamento da superioridade humana. A maior prova da dominância dos objetos é, de fato, a escassez das relações interpessoais ao longo do tempo. Observa-se que o convívio social, cultural e emocional são deixados em segundo plano, enquanto objetos, em sua maioria tecnológicos, tomam toda a atenção, tempo e dedicação da humanidade.

            Em contrapartida, a segunda ideia é que a relação homem/objeto seja uma ação conjunta de mutuo desenvolvimento. Nesse caso, a mesa redonda estaria tão equivocada ao afirmar sua superioridade e de seus colegas quanto o homem. Corroborando este argumento é passível a observação da evolução da sociedade, inclusive das relações entre pessoas distantes e da disseminação da cultura por exemplo, bem como a dos objetos. Ao mesmo tempo que o homem cria constantemente novas eras de objetos cada dia melhores, são estes que proporcionam a evolução da sociedade, mantendo uma relação equilibrada de interdependência.

22/08/2018